sobre..

Rene Barbosa por.. mim mesmo. Brasileiro, carioca, rubro-Negro. Em algumas oportunidades da vida aprendi importantes lições, ora às duras penas, ora na maciota, acumulei valores e decepções, perdi alguns rounds, em outros, esmurrei minhas adversidades com criatividade, e uma dose de talento bruto. Autruísta por natureza, egoísta por necessidade. Jamais falando de sí próprio na terceira pessoa. Sempre deixei que as pessoas me julgassem, algumas vezes me importei realmente com que pensavam, em tantas outras toquei o foda-se. Leia mais

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Oitavo Pecado Capital

Deitado em minha cama, ardendo em febre, olhava pro telefone à espera de um milagre, que ela telefonasse, mandasse uma mensagem, um sinal, qualquer sinal. Quanto tempo fazia que não a via? Não sentia seu calor? Sua boca roçando suavemente na minha enquanto ela suspirava era meu pecado favorito, ela era meu pecado capital. Onde estaria você, Marina?

Seria minha IRA não tê-la nos meus braços, em sinônimos a raiva, cólera, agressividade exagerada, observar outros ao seu redor feito urubus à espreita. As origens desse meu pecado viriam da meticulosidade, de seus dedos, pelo perfeccionismo da sua boca.. Minha GULA era no sentido literal, meu excessivo deleite em comer e beber dela até sua ultima gota do seu néctar de amor e prazer, acentuar minha voracidade, eu só queria a engolir e não digerir. E INVEJAVA todos os homens que outrora a tivesse tocado, sentido seus negros cabelos entre os dedos, eu deveria ser o único, o pioneiro, o expedicionário, seu único homem, desde o princípio até o fim, meu desejo me cegava loucamente, meu sentimento de injustiça, minha expressão pelo comportamento não verbal, o meu olhar fulminante, sim eu invejava, e me ORGULHAVA cada vez mais, polia meu brio, minha altivez, minha soberba por ser seu soberano, seu imperador, seu Deus. A sensação de que "Eu sou melhor que os todos outros" por algum motivo me levava a ter uma imagem inflada, aumentada. Surgia como necessidade de aparecer, de ser visto passando inclusive por cima de padrões éticos comportamentais, vendo tudo ao meu redor ser minimizado a cada passo.
Objeto de minha AVAREZA, Marina definia-se como estar diretamente associada a alguma coisa que me criava grande medo de faltar, uma percepção de escassez, saca? era percebida no meu cotidiano na minha gana em fazer dela um mundo, dantesco. E quão boa se fazia nossa PREGUIÇA, quase negligência. Depois de fazermos amor durante horas a fio ouvindo Jaheim, era indispensável que conseguissemos fazer parar o tempo, e nunca mais sair do nosso ninho de amor, nossa cama, onde se resumia não só a preguiça física mas também na preguiça de pensar, sentir, agir e viver. Mas sobretudo eu sentia nela LUXÚRIA, talhada como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso nas conotações sexuais, e ela respirava sexo, ela exalava sexo, ela o sexo, ela era minha perdição, e se pecar fosse errar, que fosse com ela, Marina, morena, Marina..

A febre não baixava, meu telefone continuava sem tocar, mas pensar nela era um alento, um encanto, um acalanto.




Song 4 the moment - Jaheim, Beauty N Thug

4 comentários:

Bruh. disse...

Chega a ser chato de tão bom! :) Parabéns de novo e de novo e de novo...

lidia disse...

Cara..não tenho mais palavras..
cada vez q eu venho aqui fico encantada com a sua capacidade de escrever..
Aff..meu ídolo..
bjs

erika disse...

Como sempre me relaxa , como sempre me faz bem **

adorei o final...´´ talhada como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso nas conotações sexuais, e ela respirava sexo, ela exalava sexo, ela o sexo, ela era minha perdição, e se pecar fosse errar, que fosse com ela, Marina, morena, Marina..´´

Gisele disse...

Roendo as unhas para um novo post!Cadê vc?

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