sobre..

Rene Barbosa por.. mim mesmo. Brasileiro, carioca, rubro-Negro. Em algumas oportunidades da vida aprendi importantes lições, ora às duras penas, ora na maciota, acumulei valores e decepções, perdi alguns rounds, em outros, esmurrei minhas adversidades com criatividade, e uma dose de talento bruto. Autruísta por natureza, egoísta por necessidade. Jamais falando de sí próprio na terceira pessoa. Sempre deixei que as pessoas me julgassem, algumas vezes me importei realmente com que pensavam, em tantas outras toquei o foda-se. Leia mais

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Preciso dizer que te amo


Song 4 the moment - Gone, N'Sync


Sexta feira e o telefone toca:

- Beto? Preciso muito te ver..
- Nina? Que foi cara?
- Nada, cê pode me encontrar hoje?
- Claro, umas 9:30 no mesmo lugar.. ok?
- Certo beijos, lindo.
- Beijo filha.

Não havia homem no mundo exceto eu que decifrasse a ansiedade que encorpava aquela voz no telefonema.
Fiz tudo muito rápido e fui à mil, eu conhecia Nina o suficiente pra saber que era realmente necessário pra ela que eu fosse, pra solicitar minha presença daquela forma. Seguindo o chamado fui dirigindo, cortando carros, avançando sinais e com a cabeça fervilhando de pensamentos.
Havia pouco tempo Nina não andava nada bem, mas nunca quis me contar o que era realmente, ela se cercava de mistérios, vivia me dando fora, por mais que eu quisesse estar ali ajudando ela parecia não querer que eu me aproximasse, contradizendo seu telefonema.

Quando nos encontramos no local marcado ela estava mais séria que o habitual, com a cabeça demasiadamente baixa, poucos sorrisos, um andar mais apressado, havia algo de errado, algo que eu precisava urgentemente descobrir, desmembrar, desamarrar, e trazer Nina de volta, a minha Nina.

- Onde cê quer ir?
- Não sei Beto, só me tira daqui.
- Certo, deixa comigo.

Parei o carro num lugar onde sempre conversávamos durante horas sentindo o cheirinho do mar, eu só não sabia por onde começar, tampouco ela, que esfregava as mãos e olhava para tudo ao redor, menos pra mim, como se fosse eu o centro das suas negatividades.
Aos poucos eu conseguia perfurar a couraça de mistérios nela se instaurou, e quanto mais eu me emaranhava no labirinto de suas ideias, menos eu a compreendia.
A segurei pela mão suada e trêmula na intenção acalmá-la e fui fazendo um carinho pelo braço, ombro, subindo, nuca.. Até vê-la aproximar o rosto do meu e recostar no meu ombro num chorinho quase inaudível.

- Me deixa te ajudar, o que você tem?
- Vontade de sumir
- Some comigo
- Não posso, não posso fugir disso
- Disso o quê? Me ajuda a te ajudar, você me afasta toda vez.
- (...)

Eu odiava ficar sem respostas, precisava mostrar quem era o único homem que conhecia cada reação sua. Sem falsa modéstia eu era O CARA e não havia melhor momento pra essa demonstração. Antes que eu pudesse ir pra cima, ela pegou meu rosto segurando pelo queixo e disse:

- Tô sofrendo muito de saudades de você
- Sinto tanto tua falta também, mas você não me permite aproximação
- Te afasto porque te amo.
- O cheiro do teu cabelo se faz presente em tudo que é meu, Nina
- Sinto falta da tua força Beto.

O rádio tocou Bebel e Cazuza:
"Eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que te amo, tanto.."

Foi a senha, ambos com uma pegada sem igual começamos a nos beijar como se não houvesse amanhã, ali mesmo, dentro do carro..

(to be continued)

Um comentário:

lidia disse...

olha só...tah ficando difícil assim...
eu quero isso droga!
vc traduz td nos seus textos..
perfeito!
;D

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