sobre..

Rene Barbosa por.. mim mesmo. Brasileiro, carioca, rubro-Negro. Em algumas oportunidades da vida aprendi importantes lições, ora às duras penas, ora na maciota, acumulei valores e decepções, perdi alguns rounds, em outros, esmurrei minhas adversidades com criatividade, e uma dose de talento bruto. Autruísta por natureza, egoísta por necessidade. Jamais falando de sí próprio na terceira pessoa. Sempre deixei que as pessoas me julgassem, algumas vezes me importei realmente com que pensavam, em tantas outras toquei o foda-se. Leia mais

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Oui, madame..


Nova Friburgo, entardecer de um final de junho, julho de 2006, ou 2007, tanto faz. Fazia 13º, e tava frio pra cacete, lá estava ela, ignorando todas as leis da termologia, Num de satin bleu, à exato um palmo de seus joelhos me passavam uma estúpida sensação de Voulez-vous coucher avec moi.. ce soir? Que meus lábios entreabertos sussuravam quase um inaudível oui, madame. Sensualidade multiplicada pela impressionante firmeza das mãos ao segurar uma estranha mistura de Gin e água tônica somava-se a metade dos homens am ali rastejando por ela, mas cujo temor era bem maior. À primeira vista era charmant, encantadora, ao segundo olhar, caso conseguisse, ela era pure tentation, demoníaca, seus olhos azuis desdenhavam de tudo ao redor inclusive do frio, que por mera prudência passava à pelo menos três a metros de distância de seus pés, e numa entropia infantil era perceptível como o vapor desenhava seus ombros.
Como um morto-vivo, deixei alma e coração que me restavam do lado de fora e vesti-me da divindade de Ares para afrontar a Deusa Afrodite.
Despido da covardia dos mortais, avancei em meu destino em meio a tantos "excusez-moi", "s'il vous plaît" e "enchanté", finalmente consegui me unir ao círculo de fogo dela, que já parecia me conhecer há umas sete vidas.
Na minha humilde matemática, O dividendo de seis doses pelo divisor de três horas uniram o quociente de duas mãos, com um resto (de invejosos) que em alguns minutos se tornou zero,
Absolute! E meio mundo me odiava.
O quarto luxuoso do hotel, o tapete macio, a lareira, a noite, mais uma taça de vinho, e alheio ao som de BB King, e o assobio da copa das árvores, nossas armaduras soltavam dos corpos como as cascas de uma batata à tortura daquela fervura. Em poucos segundos estávamos ali, seu corpo absorto, encoberto pelo peso do meu.

(to be continued..)




Song 4 the moment - Je Ne Regrette Rien, Cassia Eller (versão)

2 comentários:

erika disse...

Nooossa kd posta o restante logooooo...

Lucille disse...

Affmaria... tá calor aí também ou só eu que tô suando?
Texto ótimo, decididamente um dos melhores.

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