sobre..
Rene Barbosa por.. mim mesmo. Brasileiro, carioca, rubro-Negro. Em algumas oportunidades da vida aprendi importantes lições, ora às duras penas, ora na maciota, acumulei valores e decepções, perdi alguns rounds, em outros, esmurrei minhas adversidades com criatividade, e uma dose de talento bruto. Autruísta por natureza, egoísta por necessidade. Jamais falando de sí próprio na terceira pessoa. Sempre deixei que as pessoas me julgassem, algumas vezes me importei realmente com que pensavam, em tantas outras toquei o foda-se. Leia maisMais dez anos Beto?
Toda regra tem sua excessão, e Nina nada mais era que reflexo disso, quando eu a vi dormir (ou fingir) encolhidinha aparentando fragilidade, eu me desloquei o mais sorrateiro possível sobre a cama tentando não acordá-la.
Pronto, consegui, mas ao levantar meu braço ela o agarrou no ar, e lentamente repousou sobre si deixando minha mão à caminho do seu seio, me puxando pra dormir juntinho.
Nina era o tipo de mulher que toda mãe sonha como nora, inteligente, independente, simpática, articulada, audaz, eficiente, e um detalhe que saltava os olhos da rapaziada, era um tanto gostosa, deixava maioria das amigas no chinelo, mas sua humildade não permitia desfrutar individualmente da glória de ser foda.
Depois que me mudei, poucas foram as vezes que nos falamos, crescemos no mesmo bairro, ouvindo as mesmas músicas, curtindo as mesmas festinhas, mas a coisa ficou realmente feia quando dei um murro na cara de um imbecil da rua de trás, que tentava agarrar ela à força. Ciuminho? Não sei, mas fiquei puto.
O tempo passou, e lá se foram dez longos anos daquela época inocente, até a Paulinha ter a funesta ideia de reunir a galera pra uma festinha, afinal ela iria morar na Austrália, e queria rever os amigos antes da partida. "Here we go!", as festas na casa dela eram sempre o começo do fim de tudo.
Cheguei inclusive a estranhar o convite, mas eu tinha sido o rapazinho que havia tirado seu BV né?! Num custava nada e tudo bem aquele corpinho já tivera dias melhores, mas continuava gente fina.
A única coisa que eu realmente não contava e tinha simplesmente esquecido era da melhor amiga dela, de coxas grossas, seios pequenos, uma cinturinha daquelas de Barbie onde divisava seus longos cabelos castanhos cor de terra, tatuagem nos pés. Nina era foda, ela sabia disso e ainda enlouquecia a todos, inclusive à mim.
Entre os clubes do bolinha e da luluzinha, o papo corria solto, risadas, as velhas brincadeiras, era bom reencontrar os amigos, bons tempos não voltam, mas era gostoso demais rir deles.
- Pô rapaziada, vou pegar mais uma cerva.
- Pega mais duas, Beto.
- Ok, beleza.
Na cozinha, fui direto na geladeira, mas minha percepção coincidiu com os gritos da escandalosa Paulinha lá da sala
- Betooooo! As do freezer estão mais geladas! Pega lá atrás.
Eh, deu pra entender e lá fui eu pra área de serviço à caça, ao mergulhar no dito freezer senti um gelado da espinha que não vinha de lá.
- Uma pra mim também..
Eu conhecia aquela voz rouca, e "pega uma pra mim" naquele tom parecia um "tira minha calcinha com a boca".
- Hã? (idiota, você ouviu direito)
- Pega, Beto. Uma cerveja pra mim também.
- Ahh, err.. Sim, sim.. Claro, toma.
Ao entregar a latinha, meus dedos tocaram os de Nina, e até hoje eu acho que foi proposital que ela tivesse praticamente abraçado minha mão com as dela. Fitamos um ao outro, num sorriso depravado ela mordiscou o lábio, éramos pólos inversos se atraindo.
Sua boca e minha boca, sua bunda e minhas mãos, seus seios e meu peito. Nem o barulho da lata caindo e estourando no chão e cagando a cozinha inteira foi capaz de tirar nossa atenção.
A casa da Paulinha já foi tema de muitas e muitas transas, Marquinhos e Erika, Anna e Vitor, Zé e Priscila, Claudinha e Pedrinho, as inesquecíveis Daiane, Cássia e Anna. E na área de serviço mesmo meu cérebro martelava na ideia de arrancar ali mesmo a roupa da Nina e fazer eu mesmo as cenas do próximo capítulo, e tudo encaminhava, eu já praticamente arrancado a alça da blusa dela com os dentes e beijava seus seios enquanto ela arranhava minha nuca e com a outra mão tentava abrir o botão e zíper da minha bermuda, os dois ali, perdendo a linha completamente.
Ela me interrompeu, com uma das mãos segurando meu pau e a outra com um indicador em riste levando à minha boca com um delicadamente dizendo:
- Shhhh, calma Beto, hoje eu sou tua. Dez minutos, quarto no final do corredor.
Nem palavras eu tinha. Apanhei as três cervejas e voltei pro clube do bolinha ao atravessando a sala e notando o quão ridículo tava meu volume desajeitado, a bermuda desabotoada e as meninas rindo em larga escala.
Dez minutos ali, pareciam uma sentença de prisão perpétua em Alcatraz.
- Vou dar uma mijada, rapaziada.
Até agora não sei porquê todas as meninas continuavam a me olhar quando eu atravessei a sala e entrei no corredor apressando meus passos, antes de adentrar o covil da leoa, dei uma rápida olhada sobre meu ombro e não vi ninguém, girei rápido a maçaneta e lá estava ela, só com uma calcinha - se é que aquele pedacinho de pano era uma - vermelha e minúscula, ajeitando os cabelos no alto da cabeça me mirando pelo reflexo do espelho.
- Tá esperando o que? Mais dez anos Beto?
Minha roupa saltava do corpo como se estivesse em chamas, e talvez estivesse.
(continua...)
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4 comentários:
Sem palavras, beijotchau.
tenso....rs
mandou bem...mais explícito esse neh..rs
bjs
muito bom cara!obrigado pela visita lá nos sujos, seu texto também está sensacional
Deli...Delicioso !
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